sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
PRK 30
Castro Barbosa (Joaquim Silvério de Castro Barbosa), cantor e humorista nasceu em Sabará/MG em 07/05/1905 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 20/04/1975.
(Lauro Borges (Laurentino Borges Sáes) - São Paulo, SP, 14/1/1901 ~ idem, 11/6/1967)
“É meu desejo que os senhores declarem pelo microfone desta emissora que a notícia que os matutinos desta tarde publicaram dizendo que foi preso o perigoso desordeiro Juliano Ferreira das Dores, não se refere absolutamente à minha pessoa. É bem verdade que eu me chamo Diomedes de Azevedo, mas quem não me conhece pode pensar perfeitamente que eu é que sou o tal Juliano Ferreira das Dores. Eu não quero confusões comigo. Muito agradeço. Assinado: Luis Maurício”.
O rádio brasileiro nunca mais foi o mesmo depois do dia 19 de outubro de 1944, data de estréia da PRK-30, o maior programa de humor no rádio da história do País, apresentado por Lauro Borges e Castro Barbosa.
Lauro e Castro faziam as vozes de mais de 25 personagens, sendo os principais Otelo Trigueiro, “o querido Tetelo das morenas inequívocas, das louras inelutáveis e até das morenas ferruginosas”, e Megatério Nababo d’Alicerce, um “português que se orgulha de ‘falar inglês em vários idiomas’”.
Em setembro de 1946, a PRK-30 passou a ser transmitida na Rádio Nacional, onde alcançou o auge do sucesso, com 52% da audiência do País em 1947. Com um humor simples, ingênuo, sem apelações, todas as sextas-feiras, às 20h30, a família se reunia para ouvir a PRK-30. O humor de Lauro e Castro utilizava bastante trocadilhos, muito comuns na época, além do nonsense, que hoje em dia poderia até ser sem graça. Mas o talento dos humoristas consegue se manter ao longo do tempo e fazer com que os ouvintes de hoje ainda consigam rir daquelas piadas.
Com novelas como “Só morra em Godoma” e programas como “A Hora da Ginasta”, a PRK-30 teve tanto sucesso que ficou 20 anos no ar, de 1944 a 1964. O jornalista Artur da Távola comenta em um artigo o segredo do sucesso da PRK-30: “Primeiro, o besteirol absoluto e sem compromissos ou engajamentos políticos partidários. Depois, a qualidade das tiradas, originais, divertidas (além de) uma sátira formidável dos cacoetes do rádio da época em forma de caricatura tanto vocal (dos dois) como através do texto direto e escorreito do programa".
FONTE O TREM DA ALEGRIA
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